SORGES – Conexão com a nuvem

Nesse artigo explicarei sobre como conectar o SORGES com o serviço de hospedagem de base de dados SORGES NUVEM que oferecemos.

Antes de começar, uma breve explicação. Existem duas opções de conexão, que chamamos de “modo síncrono” e “modo on-line”. No modo síncrono o software é instalado como servidor e a base de dados fica no computador local, porém sendo sincronizada com a nuvem de tempos em tempos. Assim, várias instalações separadas conseguem ficar com os mesmos dados. Já no modo on-line, o software é instalado como cliente, e conecta-se diretamente na base da nuvem. Ambos os modos tem vantagens e desvantagens. No vídeo abaixo explico como configurar cada modo, além de um resumo do seu funcionamento, e mais no final desse artigo você encontra em detalhes as vantagens e desvantagens de cada modo.

Ao contratar o serviço você receberá um código criptografado em um arquivo de texto, por e-mail ou whatsapp. Esse código contém as informações de conexão com a base de dados, e é similar ao da imagem abaixo.

Para configuração do MODO SÍNCRONO, você deve primeiro instalar o software como servidor. Nesse artigo há um passo a passo ensinando isso:

Antes de continuar, é preciso dizer que se a base na nuvem já tem dados, após fazer a configuração abaixo é recomendável aguardar um tempo para a primeira sincronização terminar e puxar os dados, para que então você realmente comece usar o sistema.

Para configurar esse modo, vá em AJUSTES LOCAIS:

E na aba NUVEM, copie e cole no campo LICENÇA DO SORGES NUVEM aquele código inteiro que recebeu no arquivo. Você pode abrir o arquivo de texto, pressionar CTRL+A para selecionar tudo, CTRL+C para copiar, e depois CTRL+V para colar no campo.

Salve, feche o programa e abra de novo. Você passará a ver um botão ATIVAR NUVEM à esquerda na tela. Ele refere-se especificamente a licença da base de dados na nuvem, e conforme renovar o serviço é nele que vai inserir o código da compra.

Continuando a configuração, volte em AJUSTES LOCAIS, na aba NUVEM. Clique no botão INSTALAR SINCRONIZAÇÃO e confirme na mensagem (clique em SIM) para iniciar o serviço que faz a transferência de dados entre a base local e a da nuvem. Esse procedimento também instala ele na inicialização do Windows, se futuramente não precisar mais pode usar o botão DESINSTALAR SINCRONIZAÇÃO para defazer isso.

Ao clicar no botão e confirmar, além de exibir a mensagem, você verá o programa sincronizador sendo aberto. A tela é parecida com essa:

A cada 5 minutos ele sincroniza os dados. Claro, dependendo do volume é o tempo que a sincronização vai durar. Somente após o fim da sincronização é que todos os dados foram transferidos.

Agora, caso use o MODO ON-LINE, a configuração é diferente. Você vai instalar o programa como cliente, conforme esse artigo ensina.

Apenas ignore o procedimento de liberar o Firewall que é descrito no artigo, porque o servidor é nosso.

Quando abrir o programa pela primeira vez, ele vai pedir o IP, aí você vai usar o mesmo código criptografado que recebeu no e-mail, como por exemplo fiz na imagem abaixo:

Sobre a sincronização, recomendo assistir o vídeo do início do artigo, pois nele simulo cadastros na nuvem e local, e o processo de sincronização rolando. Ao fim do processo a tela do sincronizador mostra um log do que ocorreu, parecido com isso:

Você pode ter vários computadores, e usar modos diferentes em cada um deles. Veja o diagrama abaixo:

Nesse exemplo, tem duas pessoas trabalhando em casa nos terminais 1 e 2 (em azul), conectados no modo on-line. Ou seja, tudo que eles lançam vai direto na nuvem, e ambos podem ver os lançamentos um do outro em tempo real.

Temos também um vendedor externo no servidor 2 (em verde), que usa o modo síncrono, assim se ele ficar sem internet ainda tem acesso ao sistema, porque tem uma cópia local da base no notebook dele.

E temos ainda o ambiente da empresa, com 4 computadores. Um deles é o servidor 1 (em verde), conectado na nuvem também usando o modo síncrono, e 3 terminais (em laranja) conectados ao servidor 1. Quando alguém usando o programa no servidor 1, ou em um desses 3 terminais em laranja cadastrar algo, isso ficará salvo no servidor 1, e em até 5 minutos começará a sincronização que vai transmitir a informação na nuvem.

Como você pode ver, ambos os métodos abrem várias possibilidades. Porém, no exemplo acima, você precisaria ter uma licença para o servidor 1 também, além do serviço SORGES NUVEM. Isso porque os terminais conectados nele usam a licença do servidor, e não da nuvem. Porém os terminais 1 e 2, e servidores 1 e 2, como estão conectados na nuvem, usam a licença do SORGES NUVEM.

Explicado isso, vamos a parte importante, que são as vantagens e desvantagem de cada modo. Para isso, montei 5 pontos importantes que devem ser observados.

AGILIDADE / DESEMPENHO

Quando falamos de desempenho, me refiro ao quão rápido o sistema se comporta, quando faz uma consulta, um cadastro, qualquer operação. No modo sincronização a base de dados está no computador, então o acesso será o mais rápido possível. Já no modo on-line, a base está na nuvem, e o tempo de resposta da conexão pode muito maior do que seria localmente, e por isso ele demora um pouquinho mais para abrir uma consulta ou um cadastro. Dependedo do uso nem faz diferença, mas por exemplo, para um ponto de venda movimentado, onde passam muitos clientes diariamente, cada segundo extra é problemático. Então em operações que exigem desempenho a base local do modo sincronização é a melhor solução. Esse pdv pode pode até ser um terminal da rede, desde que a base esteja localmente. Dá para usar um pdv com a base na nuvem, mas tenha ciência que será mais lento.

ACESSO / DISPONIBILIDADE

Por disponibilidade quero ressaltar a possibilidade de o programa estar ou não disponível para uso. Se está usando no modo sincronização, a base de dados está no computador, então a própria disponibilidade do computador é a do programa. Porém, no modo on-line a base fica só na nuvem, e caso fique sem internet você fica sem programa também. Então não há como negar que o modo síncrono também é mais vantajoso nessa questão. Mas vale dizer que para usar a licença ainda precisa estar conectado a internet, senão precisa ter uma licença adicional na própria base de dados local do computador.

E temos ainda mais um ponto a considerar, que é a oscilação de internet. Eu garanto por experiência própria, ela ocorre mais do que você imagina. Mesmo que você não note, pode ser que num curto intervalo de alguns segundos a conexão trave ou oscile, quando você nem está usando, acessando um site ou baixando algo. E é aí que o problema ocorre, pois quando for fazer uma operação no programa ele vai apresentar um erro. O sistema tem vários mecanismos para se restabelecer num caso desses, mas é inevitável ocorrerem alguns erros. No modo síncrono isso não ocorre porque a base está no computador.

SINCRONISMO / VISIBILIDADE DOS DADOS

Nem tudo são flores para o modo síncrono. Quando o assunto é o acesso a dados o modo on-line é muito melhor. Isso porque o modo síncrono leva até 5 minutos para começar sincronizar, e a depender de vários fatores, a sincronização pode levar minutos ou até horas. Sendo assim, um cadastro que acabou de fazer pode levar muito tempo a aparecer em outros computadores. Se isso não for um problema tudo bem, mas imaginando uma lanchonete ou uma padaria, onde o cliente estava na mesa e foi para o caixa, ou passou pelo balcão e foi no caixa com uma comanda, não se pode ficar esperando tanto tempo para a comanda aparecer no caixa.

Outro ponto a considerar vem de um estudo de caso feito recentemente. Se tiver uma base de dados muito grande, e uma internet muito ruim, é possível que a sincronização nunca seja feita, devido a queda na conexão no meio do processo. Para que uma sincronização ocorra é necessário que a internet fique 100% durante todo o processo, se ela for cancelada no meio a sincronização trava e precisará ser totalmente refeita. Num caso de testes que tivemos, um cliente com uma base de dados com mais de 100 mil registros e uma internet de baixíssima qualidade que fica oscilando não conseguiu de forma alguma concluir a sincronização.

NUMERAÇÃO / SEQUÊNCIAS

A partir daqui temos um ponto onde a vantagem vai toda para o modo on-line, e dependendo da sua intenção de uso do sistema, essa questão específica pode inviabilizar o modo síncrono. Quando falamos em numerações, por exemplo, número da venda, da ordem de serviço, do fretamento, da compra, da locação, entre tantos outros, o sistema segue uma sequência. Porém no modo síncrono temos várias bases de dados espalhadas, como seria possível ter uma sequência única entre elas? Não tem como, então você poderá ter vendas, ordens de serviço, locações, fretamentos, com numerações duplicadas. Pegando aquele mesmo fluxograma acima, o servidor 1 pode gerar uma venda 589, enquanto o servidor 2 fará outra venda, para outro cliente, mas com o mesmo número 589. Quando sincronizarem você terá duas vendas 589, uma feita no servidor 1 e outra no 2. Para evitar isso a única possibilidade é usar o modo on-line, não há outro jeito. É isso, ou só um dos computadores conectados faria lançamento de vendas, por exemplo, os demais só podem consultar vendas. Se a numeração é muito importante para você tenha isso em mente, o modo on-line é melhor.

Sobre a questão dos documentos fiscais, você deve saber que não se pode emitir duas notas eletrônicas com o mesmo número e série, por exemplo. Devido a isso, o sistema não sincroniza a numeração fiscal entre as bases, e você pode trabalhar com séries diferentes em cada computador. Por exemplo, no servidor 1 usaria a série 1, e no servidor 2 a série 2, Aí vair ter uma nota 500 na série 1 e uma nota 500 na série 2. Caso use o modo síncrono isso não é um problema, basta fazer uso da série, o problema em si está só nas outras numerações que descrevi antes.

INTEGRIDADE

Para finalizarmos, por integridade quero me referir ao quando idênticas as bases de dados vão ficar. Veja que na explicação acima indique que a numeração fiscal não é sincronizada, para permitir o uso de séries diferentes e evitar problemas na emissão de documentos fiscais. Mas é não é só isso que não é sincronizado.

Além da numeração fiscal, os ajustes globais também não são sincronizados, afim de evitar algum problema que algum ajuste específico poderia ocasionar. E outro ponto, os logs também não são sincronizados. Se você não tem interesse neles sem problema, mas caso venha a precisar deve saber que só verá os logs do computador onde os registros foram lançados. Por exemplo, se um usuário no servidor 2 excluiu um cliente, no servidor 1 você nunca conseguiria ver isso no log, pois só o log que está lá na base de dados local do servidor 2 tem essa informação.

O motivo para não sincronizar logs é simples: o volume de dados é muito grande. É por isso, aliás, que o sistema é configurado para só manter logs dos últimos 15 dias por padrão. Cada operação que você faz podem gerar várias entradas de log no sistema. Até porque existem dois logs, o do banco de dados, e o de sistema, que tem ainda mais entradas porque monitora cliques nos botões. Mesmo que faça umas 50 vendas por mês não seria estranho o log ter uns 5000 registros só dos últimos 15 dias. E é para evitar esse volume massivo de dados trafegando entre as bases que os logs não são sincronizados.

Com isso encerramos esse artigo, caso fique alguma dúvida não existe em entrar em contato com nosso suporte.